quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Seriados em série.

Hoje eu estava assistindo ao Bom Dia e Cia., programa infantil do SBT, quando me deparei com a pequena Maísa. Lá estava ela mostrando toda a sua inteligência prodigiosa (ou será apenas desibinição exacerbada?), quando percebi a falta da dupla de apresentadores do ano passado, o Yudi e a Priscila. Ignorando a possibilidade de eles estarem em férias, fui chato e me inclinei à possibilidade de eles terem sido demitidos pelo Patrão, afinal o bordão "Playstation, Playstation!" não é mais pronunciado pela dupla há algum tempo (acho) porque provavelmente a graça em ouví-lo se perdera. A primeira grande questão é que a dupla mirim, em 2008, foi muito competente na apresentação do infantil e aí me perguntei se aquela menina de 5 ou 6 anos estava no lugar certo, de maneira justa. Sua desibinição exacerbada foi encarada como inteligência prodigiosa, peculiar e engraçada, pois as crianças, diante das câmeras, geralmente ficam tímidas. Ver uma menininha à la Cachinhos Dourados sendo sagaz e falando abobrinhas virou fenômeno da TV e o Patrão subiu na prancha no momento certo prá pegar a onda. Mas assim como o "Playstation, Playstation!", que foi também um fenômeno televisivo, mesmo que pequeno (ríamos muito dele no buteco) virou "marolinha" (Cartilha do Óbvio Lulante... ouçam o José Simão na Band News), acredito que Maísa também se afogue no raso do mar. E foi pensando na efemiradade televisiva que comecei a questionar os formatos do Pânico na TV e do CQC.

A piada contada duas vezes perde a graça, dizem. Mas o Pânico está na TV há cinco anos, e o CQC foi uma grata surpresa do ano passado (não vou entrar no mérito da importação do programa porque eu sei pouco sobre isso). Como pode?!

O Pânico na TV tem um sistema de renovação constante de seus quadros internos, mantendo a estrutura de apresentação do programa e a "frescura" (há um termo mais adequado, mas fugiu!) do prgrama. Só há uma exceção, que tem se mantido há muito tempo: os quadros estilo Ernesto Varela que pegam os "famosos" de calças curtas. Acredito que esse formato de quadro perdure porque são sempre pessoas diferentes em situações diferentes, o que gera piadas novas a cada festa/evento/sei-lá-o-quê que Vesgo e Sílvio vão. Assim é o CQC, todinho, já que Marcelo Tas, o glorioso Ernesto Varela, fazia o estilo entrevistador-questionador-irônico há vinte anos, só que de forma muito mais séria(?) que os engravatados do Pânico.

Piadas. Lembrei dos Piores Clipes do Mundo e o Chato Mion. Cansou porque os clipes que ele escolhia prá tirar onda eram ou dos anos 80, ou coisas horrivelmente toscas. Eu pelo menos cansei da piada na época. Daí veio um seriado na minha cabeça: Seinfeld. Por que eu não cansava do Jerry e de seus amigos? Por causa dos personagens complexos (na medida possível do humor) e do talento de Jerry em escrever humor. Assim são os Simpsons e Matt Groening. Embora os personagens amarelos sejam pouco complexos, o talento para piadas do criador deles é fenomenal.

E essa coisa de personagem complexo e não-complexo, enjoar das piadas ou não, trouxe o Dr. House diante de mim. E lembrei de uma conversa que tive com o Caê, na qual eu dizia que havia cansado de House porque o mecanismo de funcionamento dos episódios tinha me estafado, embora a complexidade de todos os personagens fosse grande. E lembrei de vários outros seriados, de Todo Mundo Odeia o Chris até Lost, passando por Smallville (!) e Um Maluco no Pedaço.

Eu dei uma resumida no final, mas quero saber: o que vocês acham de tudo isso?

5 comentários:

Unknown disse...

Opa... gostei de tudo. Desconheço todos os seriados, exceto Simpsons e Um Maluco no Pedaço, e venho só aconselhar um livro que estou lendo atualmente, "A Sabedoria dos Simpsons", a capa engraçada e por se tratar de Simpsons parece que vai ser um livro de piadas, mas não julgue o livro pela capa. Analise profunda dos personagens comparando e explicando sua influencia na sociedade (americana). Muito interessante, cita muitos nomes inclusive comparando as personagnes com Sócrates, talvez até me decepcione mais pra frente, mas parece ser uma analise bem no "amago" do seriado, analise de como foi conduzido, das personagens, dos autores, do publico. Lá cita sobre algumas mudanças, o Bart no inicio da temporado era muito mais "bad boy" do que hoje, que está mais familia e o Hommer mais burro. Enfim, o sucesso está na mudança de direção, como o próprio autor cita, se o Bart continuasse passando os trotes seria engraçado, até todos enjoarem. E talvez também não seja tudo isso e eu seja um fã doido =P.

iluminati disse...

aew amario, pensei q fosse um post sobre series mas eh mais sobre a tv como um todo, entao, só a titulo de esclarecimento eu vi o yuji e a outra la esses dias gritando playstation, portanto imagino q estejam de ferias, eu imagino q a tv seja mais ou menos isso msm, vive de pequenas(?) inovações, um humor "ao vivo" de vez em quando, uma garota q faz coisas q ninguem espera, e as vezes coisas mto mto velhas, como personagens q vc ta cansado de ver mas cada vez em uma situação, seja sendo um cara de mascara, um genio, uma fada, um pai de familia, ou um super heroi, velhos pq como o catota ou vc ja me disse, ja tem um livro q os analiza perfeitamente, bom eh isso, flwz

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Bom eu já até disse isso que uma coisa que eu realmente não gosto no House é aquelas animações do corpo humano. Sei lá é totalmente nada a ver com o clima da série.
Mas além das que você citou Amario tem duas "revoluções" no humor que para mim são bem marcantes:The Office e Space Ghost costa a costa. São humores totalmente diferentes. Enquanto o Office trabalha com a vergonha do próximo (mecanismo que participa de programas como BBB, dai acredito eu, o motivo daquele tipo de filmagem) e o SGCAC é um humor tão doente, surreal, que não faz muita lógica, mas mesmo assim é muito engraçado. E esse são só doi dos milhares que tem por ai...

Perera disse...

Bom eu nem manjo de house, e nem conheço os personagens. Mas acredito q um dos principais fatores q nos chama a atenção para vermos um programa de humor ou qualquer outro msm (até o da maísa), está muito concentrado na inovação (ou no fingimento de inovação). por exemplo, o the office é uma série com um humor mto diferente e atípico e que chama mó atenção qdo vc vê, mas o prison break por exemplo é uma série q tem uma trama mto típica das zilhões de séries policiais, mas q chama moh atenção tbm pelo fato do cara se prender pra sair, uma coisa meio ao inverso do normal deste tipo de série. E no entanto as duas chamam mto a atenção (pelo menos eu gosto das duas).
Mas mão acho q é essa inovação q vai definir o legal ou naum, daí tbm vai da habilidade e criatividade do cara q faz a série, por exemplo os simpsons taum sempre bombando e a família tralala naum. O hermes e renato tem personagens bem pouco profundos (talvez o boça seja um pouco euheueh) mas é mto engraçado e criativo.