quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Fedor Emalianenko e o Xadrez.


Antes de mais nada, vamos as explicações: ultimamente tenho me interessado muito por xadrez, graças ao seriado Twin Peaks (que pretendo fazer um post sobre ele em breve). E dia desses em um topic do fórum CDMJ, vi pela primeira vez uma luta de MMA. Eu conhecia de nome, mas nunca tinha visto mesmo uma luta. Mas ao ver os vídeos postados, meu interesse foi instantâneo. E logo comecei a montar uma relação entre esses dois jogos que ocupam a minha mente. Não sei se eles são semelhantes, mas nesse post vou tentar compara-los, na meu paradigma de completo amador, tanto no tabuleiro quanto no ringue.
Fedor Emalianenko é considerado o melhor de MMA da atualidade. Russo, nascido em 1976. O que acompanhei das lutas que vi pelo youtube, é que Fedor soma características espalhada por outros lutadores. Além de muito forte, é rápido, ao mesmo tempo em que parece paciente, mesmo quando está em desvantagem, ele espera o erro do adversário, para acabar com ele de uma vez. Aplica socos em uma velocidade absurda. Não vi ele fazendo nenhuma firula durante as lutas, não tenta fintas nem nada.
Em diversos sites, muitos dizem que ele é "imbativel" , “ninguém chega a seus pés”, ele é considerado um verdadeiro mestre do MMA, mas ironicamente ele é totalmente diferente dos mestres de um outro jogo muito famoso em seu pais: o xadrez.
No xadrez, quando você se torna um jogador considerável, você sabe muitos ataques e muitas defesas. Já tem o conhecimento do que é um ataque inglês ou uma defesa francesa. Em um jogo amador, mesmo de alto nível, os jogadores meio que já vão seguindo esses ataques e defesas já conhecidas, meio que seguindo uma cartilha. O diferencial dos mestres como Capablanca, Bobby Fischer entre outros são as jogadas totalmente inovadoras...Coisas que você fala “Cacete como o cara fez isso?!”.
Onde quero chegar dizendo isso? Fedor é simples lutando, sem firulas, não quer inovar nem mudar a MMA, ele é o melhor dentro daquilo que existe. E é um mestre. Os “grandes” do xadrez são inovadores e fazem jogadas que mudam o modo de ver o próprio jogo. Mesmo sendo tão opostos, ambos os pensamentos levam a vitória, nesse momento chegam a um ponto em comum. A URSS tinha uma sequência de grandes campeões do xadrez, até aparecer Fischer e acabar com a hegemonia soviética. Agora invertendo os papéis (assim como o estilo de jogo), Fedor é o imperador. Será que vai aparecer um lutador americano, de golpes mirabolantes para tirar a coroa de Fedor? Difícil...
Desculpe pelo post besta, e deve haver diversos erros, tanto históricos, quanto sobre o próprio xadrez e a MMA, mas resolvi postar para tentar linkar esses dois jogos que me fascinam!
OBS: Um amigo me falou que existe um movimento no xadrez que recebe o nome de Machado de Assis, porque foi o próprio que “descobriu” o lance. Já pensou se depois aparece um golpe no MMA nada a ver tipo “Glauber Rocha” huahuauhauhauha
OBS2: Quando eu estava na GV ainda, saiu uma “Superinteressante” que tinha como curiosidade, um ranking dos 10 esportes mais bizarros do mundo. Tinha coisa como “Passar roupa em lugares extremos” ou “Pólo com elefantes”. Mas o primeiro lugar era do “Xadrez-boxe”. Um jogo em que você ficava um tempo (sei lá, 2 minutos) jogando xadrez, depois ficava um tempo no boxe, depois voltava para o xadrez! Ganhava quem derrubasse ou desse um Xeque mate no adversário!
Agora imagina um jogo desses, Fedor contra Fischer!

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Seriados em série.

Hoje eu estava assistindo ao Bom Dia e Cia., programa infantil do SBT, quando me deparei com a pequena Maísa. Lá estava ela mostrando toda a sua inteligência prodigiosa (ou será apenas desibinição exacerbada?), quando percebi a falta da dupla de apresentadores do ano passado, o Yudi e a Priscila. Ignorando a possibilidade de eles estarem em férias, fui chato e me inclinei à possibilidade de eles terem sido demitidos pelo Patrão, afinal o bordão "Playstation, Playstation!" não é mais pronunciado pela dupla há algum tempo (acho) porque provavelmente a graça em ouví-lo se perdera. A primeira grande questão é que a dupla mirim, em 2008, foi muito competente na apresentação do infantil e aí me perguntei se aquela menina de 5 ou 6 anos estava no lugar certo, de maneira justa. Sua desibinição exacerbada foi encarada como inteligência prodigiosa, peculiar e engraçada, pois as crianças, diante das câmeras, geralmente ficam tímidas. Ver uma menininha à la Cachinhos Dourados sendo sagaz e falando abobrinhas virou fenômeno da TV e o Patrão subiu na prancha no momento certo prá pegar a onda. Mas assim como o "Playstation, Playstation!", que foi também um fenômeno televisivo, mesmo que pequeno (ríamos muito dele no buteco) virou "marolinha" (Cartilha do Óbvio Lulante... ouçam o José Simão na Band News), acredito que Maísa também se afogue no raso do mar. E foi pensando na efemiradade televisiva que comecei a questionar os formatos do Pânico na TV e do CQC.

A piada contada duas vezes perde a graça, dizem. Mas o Pânico está na TV há cinco anos, e o CQC foi uma grata surpresa do ano passado (não vou entrar no mérito da importação do programa porque eu sei pouco sobre isso). Como pode?!

O Pânico na TV tem um sistema de renovação constante de seus quadros internos, mantendo a estrutura de apresentação do programa e a "frescura" (há um termo mais adequado, mas fugiu!) do prgrama. Só há uma exceção, que tem se mantido há muito tempo: os quadros estilo Ernesto Varela que pegam os "famosos" de calças curtas. Acredito que esse formato de quadro perdure porque são sempre pessoas diferentes em situações diferentes, o que gera piadas novas a cada festa/evento/sei-lá-o-quê que Vesgo e Sílvio vão. Assim é o CQC, todinho, já que Marcelo Tas, o glorioso Ernesto Varela, fazia o estilo entrevistador-questionador-irônico há vinte anos, só que de forma muito mais séria(?) que os engravatados do Pânico.

Piadas. Lembrei dos Piores Clipes do Mundo e o Chato Mion. Cansou porque os clipes que ele escolhia prá tirar onda eram ou dos anos 80, ou coisas horrivelmente toscas. Eu pelo menos cansei da piada na época. Daí veio um seriado na minha cabeça: Seinfeld. Por que eu não cansava do Jerry e de seus amigos? Por causa dos personagens complexos (na medida possível do humor) e do talento de Jerry em escrever humor. Assim são os Simpsons e Matt Groening. Embora os personagens amarelos sejam pouco complexos, o talento para piadas do criador deles é fenomenal.

E essa coisa de personagem complexo e não-complexo, enjoar das piadas ou não, trouxe o Dr. House diante de mim. E lembrei de uma conversa que tive com o Caê, na qual eu dizia que havia cansado de House porque o mecanismo de funcionamento dos episódios tinha me estafado, embora a complexidade de todos os personagens fosse grande. E lembrei de vários outros seriados, de Todo Mundo Odeia o Chris até Lost, passando por Smallville (!) e Um Maluco no Pedaço.

Eu dei uma resumida no final, mas quero saber: o que vocês acham de tudo isso?